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Beatriz Peixoto

Escola

Escola Salesiana de Manique

Observação de Células Animais e Vegetais

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Resumo do trabalho

Trabalho sobre Observação de Células Animais e Vegetais pelo Microscópio Óptico, realizado no âmbito da disciplina de Biologia (10º ano).


Introdução

O trabalho teve como objectivos conhecer a constituição das células vegetal e animal por meio do microscópio óptico e possibilitar a identificação de diversas estruturas celulares, tais como o núcleo, o nucléolo, o vacúolo, o citoplasma e a membrana celular. Para tal, foi necessária a utilização de vários corantes ─ azul-de-metileno (núcleo, citoplasma, membrana celular), água iodada (núcleo, amiloplastos, membrana celular, citoplasma) e vermelho neutro (núcleo, complexo de golgi, membrana celular, vacúolos, citoplasma) ─ pois nem todos fazem salientar os mesmos organitos.

A célula é a unidade básica estrutural e funcional da vida comum a todos os seres vivos. É responsável pelos processos vitais, reprodução, desenvolvimento e hereditariedade. A dimensão típica de uma célula é de 10 µm e a massa de 1 nanograma. Dado que na natureza nada surge do nada com as células não é diferente: estas têm origem em células pré-existentes. A estrutura foi descoberta graças a Robert Hooke e ao microscópio. A partir daí, devido aos avanços tecnológicos e várias experiências laboratoriais, foram-se detectando os demais constituintes celulares. Essas observações permitiram classificar as células e os seres vivos em diferentes parâmetros: unicelulares/pluricelulares, eucarióticas/procarióticas, animais/vegetais (e outros reinos).

Quanto à sua dimensão, os seres vivos podem ser unicelulares (quando constituídos por uma única célula - reino monera) ou pluricelulares (se forem formados por mais de uma célula; as células semelhantes e funções idênticas associam-se entre si formando tecidos, estes em órgãos, os órgãos em sistemas de órgãos e estes, por sua vez, formam um organismo: uma organização hierárquica - reinos protista, fungi, plantae e animalia).

As células são também divididas em procarióticas, no caso de não possuírem um núcleo organizado e definido, em que a informação genética se encontra dispersa no citoplasma, constituindo seres unicelulares procariontes (somente o reino monera), ou eucarióticas se se encontrar no seu interior um núcleo organizado, contento cromatina, um nucleoplasma com enzimas e proteínas, um nucléolo que coordene o processo reprodutivo das células e organização dos ribossomas e um invólucro nuclear com poros para haver comunicação com o resto da célula, sendo assim mais complexas que as procarióticas e fazendo parte de seres eucariontes unicelulares ou pluricelulares.

Apesar de diferirem de reino para reino, as células observadas pertenciam aos reinos plantae e animalia, sobre os quais se vai incidir a atenção. A divisão em reinos não se concentra apenas na constituição celular mas também na nutrição dos seres (ingestão nos animais e fotossíntese nas plantas), interacção dos ecossistemas, etc… Porém é um importante meio de distinção: enquanto que as células vegetais contêm parede celular (protecção e suporte rígido envolvente das células) e cloroplastos (organelo com pigmentos úteis para a fotossíntese com uma membrana dupla), as células animais não mas estas possuem centríolos (importantes para a divisão celular com aparência cilíndrica e microtúbulos) inexistentes nas vegetais. Como foi referido anteriormente, as plantas realizam a fotossíntese, processo que permite a transformação de matéria mineral em matéria orgânica por intervenção da luz, água e dióxido de carbono, com libertação de oxigénio e produção de alimento para a planta, fazendo destes seres autotróficos.

Já os animais obtêm energia ingerindo matéria orgânica e efectuando a sua digestão intracorporal extracelular ou intracelular. Os sistemas digestivos animais podem ser completos se os alimentos forem ingeridos e excretados por locais diferentes e incompleto se estes processos se realizarem no mesmo local. No microscópio óptico a diferença mais notória entre estes dois reinos é a forma da célula: as células vegetais são dotadas de uma forma regular devido à parede celular e as células animais apresentam uma forma irregular.

Procedimento Experimental

Material:

  • Microscópio óptico;
  • Lâminas e lamelas;
  • Vidro de relógio;
  • Água destilada;
  • Agulha de dissecação;
  • Bisturi;
  • Pinça;
  • Palito;
  • Azul de Metileno;
  • Vermelho neutro;
  • Água iodada;
  • Conta gotas;
  • Papel de filtro;
  • Cebola (Allium cepa).

Procedimento:

Actividade 1: observação de células da epiderme das túnicas do bolbo da cebola.

  1. Descascar a cebola.
  2. Com o auxílio da pinça, destacar um fragmento da epiderme da face côncava de uma túnica de cebola.
  3. Colocar o fragmento num vidro de relógio com água destilada para que não se enrole.
  4. Colocar sobre três lâminas distintas, respectivamente, uma gota de vermelho neutro, uma gota de azul de metileno e uma gota de água iodada.
  5. Com o bisturi, dividir o fragmento em porções de cerca de 5mm.
  6. Colocar um desses fragmentos bem distendido sobre a gota do corante utilizado que se encontra em cada uma das lâminas. Atenção: Cuidado para que a face que estava aplicada sobre o tecido carnudo da túnica fique em contacto com a lâmina.
  7. Cobrir cautelosamente cada preparação com a lamela. Se necessário, retirar o excesso de corante utilizado com o papel de filtro.
  8. Observar a preparação com várias ampliações.
  9. Fazer um esquema da observação, legendando-o correctamente.

Actividade 2: observação das células do epitélio lingual

  1. Deitar uma gota de água destilada na lâmina.
  2. Com um palito, raspar levemente a superfície dorsal da língua.
  3. Esfregar o palito na gota de água.
  4. Colocar a lamela por cima com cuidado.
  5. Corar a preparação com azul-de-metileno.
  6. Observar a preparação.
  7. Fazer um esquema da observação, legendando-o correctamente.

Apresentação dos Resultados

  1. citoplasma;
  2. núcleo;
  3. parede celular.

Figura 1: Observação de células da epiderme das túnicas do bolbo da cebola, com uma ampliação de 160x e coradas com Azul de Metileno.

  1. citoplasma;
  2. núcleo;
  3. parede celular.

Figura 2: Observação de células da epiderme das túnicas do bolbo da cebola, com uma ampliação de 400x e coradas com Água Iodada.

  1. núcleo;
  2. citoplasma;
  3. parede celular;
  4. vacúolo.

Figura 3: Observação de células da epiderme das túnicas do bolbo da cebola, com uma ampliação de 400x e coradas com Vermelho Neutro.

  1. núcleo;
  2. membrana celular;
  3. citoplasma.

Figura 4: Observação das células do epitélio lingual, coradas com Azul de Metileno e com uma ampliação de 400x.

Discussão e Conclusão

Durante este trabalho conhecemos melhor a constituição de células vegetais e animais e identificámos as diferentes estruturas celulares das mesmas. Tudo isto porque os corantes utilizados eram apropriados para a coloração dos vários organitos.

O vermelho neutro permitiu-nos observar os vacúolos, para além do núcleo, complexo de Golgi e membrana celular. O azul-de-metileno corou o núcleo, mais especificamente o ADN, enquanto que a água iodada actua ao nível dos organelos citoplasmáticos, membranas, paredes celulares e núcleo.

Estas características de cada um dos corantes foram por nós verificadas ao longo das observações microscópicas.

Relativamente aos aspectos a melhorar, a actividade teve de ser realizada uma segunda vez, pois não foi possível visualizar todos os organelos pretendidos com a experiência por não se ter em conta qual o papel desempenhado por cada corante.

Portanto chegámos ao objectivo pretendido apesar das dificuldades com que nos fomos deparando ao longo da actividade laboratorial percebendo a verdadeira importância dos corantes.

Bibliografia

  • www.google.pt – motor de busca
  • www.wikipédia.org
  • Martins, Pedro e Matias, Osório; Biologia 10\11; página 30 a 35; Areal Editores, 2007.



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