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Trabalhos de Téc. Administrativas

 

C.L.C. 5 - DR3

Autores: Patricia Isabel Rodrigues Oliveira

Escola: [Escola não identificada]

Data de Publicação: 08/09/2011

Resumo do Trabalho: Trabalho sobre os Média e Informação: o poder dos media, os media como quarto poder, situações de visibilidade devido á comunicação social, vantagens e desvantagens da comunicação social, realizado no âmbito da disciplina de Técnicas de Apoio à Gestão.

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C.L.C. 5 - DR3

Introdução

Comunicação (comunicação social) é um campo de conhecimento académico que estuda a comunicação humana em sociedade. Entre as subdisciplinas da comunicação, incluem-se a teoria da informação, comunicação intrapessoal, comunicação interpessoal, marketing, propaganda, relações públicas, análise do discurso, telecomunicações e Jornalismo.

A comunicação é um processo que envolve a troca de informações, e utiliza os sistemas simbólicos como suporte para este fim. Estão envolvidos neste processo uma infinidade de maneiras de se comunicar: duas pessoas tendo uma conversa face-a-face, ou através de gestos com as mãos, mensagens enviadas utilizando a rede global de telecomunicações, a fala, a escrita que permitem interagir com as outras pessoas e efectuar algum tipo de troca informacional.

No processo de comunicação onde está envolvido algum tipo de aparato técnico que intermedeia os locutores dizemos ter uma comunicação mediada informação.

O estudo da Comunicação é amplo, e sua aplicação é ainda maior. Para a Semiótica o ato de comunicar é a materialização do pensamento/sentimento em signos conhecidos pelas partes envolvidas. Estes símbolos são então transmitidos e reinterpretados pelo receptor.

Hoje, é preciso pensar também em novos processos de comunicação, que englobam as redes colaborativas e os sistemas híbridos, que combinam comunicação de massa e comunicação pessoal e comunicação horizontal.

Vários aspectos da comunicação têm sido objecto de estudos. Na Grécia Antiga, o estudo da Retórica, a arte de discursar e persuadir, era um assunto vital para estudantes. No início do século XX, vários especialistas começaram a estudar a comunicação como uma parte específica de suas disciplinas académicas. A Comunicação começou a emergir como um campo académico distinto em meados do século XX. Marshall McLuhan, Theodor Adorno e Paul Lazarsfeld foram alguns dos pioneiros na área.

A comunicação social é hoje, no seu conjunto, algo mais que o «quarto» poder. Vivemos numa época em que, praticamente, não há uma notícia boa. O próprio desaparecimento de valores e referências é angustiante. Ora neste contexto a política e os políticos que mais se expõem são muitas vezes transformados nos bombos da festa. O facto da comunicação social ser fortemente critica do poder político não é sintoma de maior liberdade de expressão, significa, isso sim, que efectivamente os políticos têm cada vez menos poder.

Se fizermos uma retrospectiva em relação à preponderância da imprensa, particularmente do audiovisual, rapidamente concluímos que – nos últimos 32 anos (para nos limitarmos apenas ao período democrático mais recente) – a sua influência é devastadora. Apesar de não ter ainda conseguido eleger presidentes da república como quem vende sabonetes, a verdade é que constrói e destrói figuras e mitos.

Formas e Componentes da Comunicação

Os componentes da comunicação são: o emissor, o receptor, a mensagem, o canal de propagação, o meio de comunicação, a resposta (feedback) e o ambiente onde o processo comunicativo se realiza. Com relação ao ambiente, o processo comunicacional sofre interferência do ruído e a interpretação e compreensão da mensagem está subordinada ao repertório. Quanto à forma, a Comunicação pode ser verbal, não-verbal e mediada.

O Poder Dos Media

Os Mass Media têm na nossa sociedade uma forte influência na formação dos conhecimentos dos indivíduos. Pode-se então afirmar que os Mass Media são efectivamente um potencial meio de controlo, de direcção e de inovação na sociedade.

Os Mass Media são efectivamente um potencial meio de controlo de direcção e de inovação na sociedade., isto é, são instrumentos, ferramentas disponíveis para o uso do bem e do mal.

As vantagens que os Mass Media emitem, são que a sociedade está sempre muito bem informada do seu quotidiano. Muitos casos foram resolvidos devido à divulgação dos mass media pelas novas tecnologias, mas temos que ter alguns cuidados porque nem tudo o que se ouve é a mais pura das verdades e é por este motivo que os mass media contribuem com frequência para as injustiças e os desequilíbrios que dão origem aos sofrimentos. Todos devem de saber que um grande bem e um grande mal provêm do uso que as pessoas fazem dos meios de comunicação social.

Os mass media têm uma grande influência na vida das populações, pois através dos vários meios de comunicação, os mass media conseguem transmitir e moldar a opinião social. Através de publicidades, notícias e outras coisas, os mass media podem influenciar a opinião pública sobre um determinado tema, ou até mesmo levar a população ao consumismo. Presentemente, os media desempenham uma função que não tinham há anos atrás. Se antes reportavam decisões e atitudes, hoje interferem directamente e de uma maneira activa nessas mesmas decisões. Os cidadãos têm, aparentemente, maior participação nessas decisões, mas na prática muitas vezes isso não acontece. Porque os media são propriedade de grupos com interesses económicos e políticos, reportando mais claramente esses interesses do que propriamente os dos cidadãos. Dadas as novas tecnologias e a capacidade de influência que os media têm, este problema é fundamental nos dias de hoje. Hoje, não podemos falar de uma opinião pública nos termos em que se falava, por exemplo, na primeira metade do século XX.

A opinião pública julga pensar autonomamente em função da mensagem que lhe é transmitida, mas esta é previamente determinada e moldada para ela.

Os Media Como Quarto Poder

Fala-se muito de que a comunicação social representa o Quarto Poder nas nações democráticas, sendo os outros três poderes o executivo, o legislativo e o judicial. Enquanto os três são reconhecidos como poderes constitucionais, a comunicação social já não o é. A etiqueta de Quarto Poder radica da percepção que se tem do desempenho da sua função primária: como um elemento estruturante, ou se quisermos, formador de uma opinião pública crítica. O termo Quarto Poder é mais académico e foi cunhado por Thomas Carlyle nos meados do séc. XIX. O que o historiador quis tão-somente dizer é que os meios de comunicação têm a grande responsabilidade, “viabilizar uma participação política activa, enformada e contínua dos cidadãos”, quer ao nível dos processos de formulação de políticas e de tomada de decisões, quer no que respeita à avaliação do desempenho dos governantes, influenciando assim o princípio de alternância no exercício do poder político.

Outro aspecto fundamental do desempenho dos jornalistas, e que é decisivo na consolidação de uma governação democrática, ou seja, tem a ver com a sua contribuição na formação da opinião pública. É que à medida que cresce o espaço da governação democrática também se consolida a relevância da opinião pública como barómetro do desempenho da governação – em teoria, os media acabam também servindo de gatekeepers. Numa perspectiva instrumentalista, é como um meio para se atingir fins igualmente fundamentais, a liberdade de imprensa e a liberdade de expressão não somente reduzem as chances de os governos cometerem abusos, mas também aumentam a probabilidade de que as necessidades sociais dos cidadãos vão ser satisfeitas.

Com a grandeza vêm grandes responsabilidades, costuma-se dizer. Pelo que, este atributo de Quarto Poder tem as suas responsabilidades - mas deve-se afirmar que o poder conquista-se e raramente é dado de bandeja. Uma das características do jornalismo como Quarto Poder é o dever de ser credível. A credibilidade ganha-se através de um exercício independente, mas responsável do jornalista. De realçar que independência aqui não se refere a um exercício baseado nas ideias de neutralidade e imparcialidade estritamente puritanas, muito menos se refere a uma postura em que o jornalista se coloca acima das questões abordadas. Trata-se sim do sentido de independência, que significa a não obediência a outros factores e interesses que não sejam o seu juízo próprio e produto da compreensão dos factos e do que é um assunto de interesse público que advêm não só da sua responsabilidade profissional mas também do facto de que o jornalista também é sujeito e actor nos processos sociais.

É também cumprindo ao máximo com o seu código ético e deontológico que os jornalistas se tornam referência dentro de uma sociedade e vincam a sua credibilidade. Todavia, consiste de que a credibilidade jornalística está intrinsecamente ligada no cometimento com a verdade, na procura da precisão, justiça e objectividade, e na clara distinção entre notícia e publicidade. A prossecução destes fins e o respeito pelos valores éticos e profissionais deve ser da exclusiva responsabilidade dos jornalistas e órgãos de comunicação social.

Ser jornalista é pertencer a uma máfia controlada pelo poder político. É muito mais credível a Internet que dispõe de fontes alternativas de informação muito próximas da realidade dos factos, do que os media tradicionais.

Vantagens do Poder dos Media

Lembra o documento que os mass media são chamados ao serviço da dignidade humana, ajudando os indivíduos a viverem bem e a agirem como pessoas em comunidade. A comunicação social tem o poder de promover a felicidade e a realização humana. Salientaremos aqui, alguns de seus benefícios económicos, políticos, culturais educativos e religiosos.

Na perspectiva económica o mercado não é uma norma de moralidade, mas pode servir a pessoa, e os mass media desempenham um papel indispensável na economia de mercado. A comunicação social apoia os negócios, o comércio, ajuda a estimular o crescimento económico, o emprego e a prosperidade, encoraja o aperfeiçoamento de bens e serviços, promove a concorrência responsável e torna as pessoas capazes de fazerem opções informadas. Em síntese, a eliminação dos mass media provocaria a decadência das estruturas económicas fundamentais.

Em termos políticos beneficia a sociedade, facilitando a participação de cidadãos informados no processo político. Ajuda a formar e sustentar comunidades políticas genuínas. São indispensáveis á democracia oferecendo informações sobre temas e eventos. Tornam os governantes capazes de conversar rápida e directamente com o público. São importantes instrumentos de confiança, põem em evidência a incompetência e a corrupção.

No acesso à literatura e a arte que não estão disponíveis a todas as pessoas, promovem assim o desenvolvimento humano no que consiste à ciência, à sabedoria, à beleza, entre outras. Falamos não só de apresentações das obras clássicas e dos frutos da cultura, mas também do divertimento sadio popular.

No aspecto educativo são importantes instrumentos de educação, em muitos contextos. As crianças absorvem os princípios da leitura e da matemática., antes de frequentarem a escola, os jovens procuram a formação vocacional, os idosos procuram novos conhecimentos. Além disso, são instrumentos modelos em muitas salas de aula e muitas vezes, os instrumentos de comunicação, inclusive a internet. Superam barreiras de distância e isolamento levando oportunidade de conhecimento a áreas remotas.

Em questões religiosas a vida das pessoas é enriquecida por meio dos mass media transmitindo notícias e informações acerca de eventos, ideias e personalidades religiosas: servem de transporte para a evangelização e a catequese. Por vezes, contribuem para o enriquecimento espiritual das pessoas, por ex. eventos da Igreja, em Roma, transmitidos via satélite.

Uma comunicação assim procura o bem e a realização dos membros da comunidade, no respeito pelo bem comum de todos. Mas é necessário o diálogo para discernir o bem comum.

Desvantagens do Poder dos Media

Os mass media podem ser usados também para obstruir a comunidade e prejudicar o bem: afasta, marginaliza ou isola os indivíduos, atraindo-os para comunidades com falsos valores e destrutivos, fomentando a hostilidade e o conflito. Existem em cada uma das áreas que acabamos de mencionar.

Na economia às vezes são utilizados para instituir e sustentar sistemas económicos que promovem a aquisição e a avareza. O Neoliberalismo é um bom exemplo, considera o lucro e as leis de mercado como parâmetros absolutos em prejuízo da dignidade e do respeito do povo. A globalização pode causar um melhor bem-estar, mas algumas nações sofrem explorações e marginalização, decaindo na luta pelo desenvolvimento.

Diante das injustiças, não é suficiente que os comunicadores digam que o seu papel consiste em narrar as coisas como elas são. Algumas instâncias do ser humano são ignoradas pelos mass media, enquanto outras são difundidas. Enquanto isso reflectindo uma decisão de comunicadores, espelhando também uma selecção injustificável.

As estruturas políticas da comunicação e a colocação da tecnologia são factores que tornam algumas pessoas ricas e outras pobres de informação, numa época em que a sobrevivência depende da informação. É necessário quebrar as barreiras e os monopólios que deixam alguns povos à margem do progresso

Certos políticos sem escrúpulos utilizam os mass media para a demagogia e o engano, em benefício de políticas injustas e de regimes opressivos. Desvirtuam os adversários e deturpam e suprimem a verdade. As convenções da democracia são observadas, mas a técnica emprestada da publicidade e das relações públicas são utilizadas em vantagem das políticas exploradoras.

Também com muita frequência, os mass media popularizam o relativismo e o utilitarismo éticos subjacentes à actual cultura da morte. Abonam junto à opinião pública aquela cultura que apresenta o recurso à contracepção, esterilização, aborto e eutanásia como sinal de progresso e liberdade.

É comum os críticos desvalorizarem a superficialidade e o mau gosto dos mass media. Não é desculpa dizer que os mass media reflectem os padrões populares, pois também esses influem os modelos populares, e assim tem o dever de elevá-los. O problema adquire várias formas. Questões complexas são demasiadamente simplificadas. O entretenimento apresenta programas de corrupção e desumanização.

Na educação, em vez de promover o conhecimento, os mass media podem distrair as pessoas e fazê-las perder tempo. Entre as causas deste abuso de confiança por parte dos comunicadores está a ganância que coloca o lucro antes das pessoas. Às vezes também são utilizados como instrumento de doutrinação, com a finalidade de controlar o que as pessoas sabem e de lhe negar o acesso à informação. Isso é uma perversão da educação genuína.

Na relação entre os meios de comunicação e a religião há tentação em ambos os lados. Da parte dos mass media, elas incluem: ignorar ou marginalizar as ideias e as experiências religiosas, abordar a religião com incompreensão, promover as modas religiosas em desvantagem da fé, abordar grupos religiosos com hostilidade. Os mass media de hoje, frequentemente, reflectem o estado pós-moderno de um espírito humano fechado “dentro dos limites da própria inerência, sem qualquer referência ao transcendente”.

Da parte da religião incluem: julgar os mass media de maneira exclusivamente negativa, apresentar as mensagens religiosas com estilo emocional e manipulador, usa-los como instrumento de controlo e dominação, ofender a verdade, defender sigilo desnecessário, encorajar o fundamentalismo, o fanatismo e o exclusivismo religioso.

Em síntese, os mass media podem ser utilizados para o bem ou para o mal, é uma questão de escolha. Afirma que nunca se deve esquecer que a comunicação transmitida pelos mass media não é um exercício utilitarista, com a finalidade de persuadir ou vender. Tão pouco é um veículo para ideologias. A comunicação tem a tarefa de unir as pessoas e de enriquecer as suas vidas.

Alguns Princípios Éticos Relevantes

A Instrução afirma que os princípios e normas éticas de outros campos também se aplicam à comunicação social. Os princípios da ética social, como a solidariedade, a justiça, equidade e credibilidade no uso dos recursos públicos e no desempenho de cargos públicos de confiança são sempre aplicáveis.

A ética da comunicação social está relacionada não só ao conteúdo (mensagem) e ao processo da comunicação (modo de comunicar), mas nas questões fundamentais de estrutura e sistemas, que incluem problemas de política que dependem da distribuição de tecnologia e produtos sofisticados (quem serão os ricos e os pobres de informação). Pelo menos nas sociedades abertas, dotadas de economia de mercado, a principal questão ética pode dizer respeito ao modo de equilibrar o lucro em relação ao serviço de interesse público.

O desenvolvimento integral exige não só suficiência de bens e produtos materiais, mas também atenção à dimensão interior. Os indivíduos não podem ser sacrificados aos interesses colectivos.

O segundo seria complementar do primeiro: o bem das pessoas não pode realizar-se sem o bem comum das comunidades às quais pertencem. O bem comum deve ser compreendido como a soma total de objectivos comuns dignos.

Acredita o Pontifício Conselho, de acordo com o documento, que a solução dos problemas que nasceram desta comercialização e privatização não regulamentada, não reside no controlo dos mass media pelo Estado. Mas numa maior regulamentação, conforme as normas do serviço público, assim como numa maior responsabilidade pública.

A presunção deveria ser sempre favorável à liberdade de expressão, pois sempre que o homem comunica entre si opiniões ou conhecimento, não exerce apenas um direito pessoal mas um dever com a sociedade. Naturalmente, também a livre expressão deveria observar princípios como a verdade, a justiça e o respeito pela privacidade.

Outro princípio relevante destacado na Instrução refere-se à participação pública dos actos decisórios acerca da política das comunicações. Essa participação deveria ser organizada, representativa e não inclinada a favorecimento a grupos particulares.

Os índices de audiência, juntamente com a sondagem de mercado, são muitas vezes considerados os melhores indicadores do sentimento público. Não há dúvida de que a voz do mercado pode ser ouvida dessa maneira. Entende-se no entanto que as decisões sobre o conteúdo e a política não devem ser deixadas unicamente os factores do mercado, uma vez que não se pode contar com eles para salvaguardar o interesse público em geral, ou das minorias.

Os receptores, por sua vez, afirmam que também têm deveres éticos. Devem informar-se sobre os mass media (conteúdo, modo de operar e estrutura) e fazer opções responsáveis.

Além da educação mediática, entende-se que a Igreja tem outras responsabilidades no que concerne à educação social. Primeiro a prática da comunicação deve ser exemplar, reflectindo os padrões da verdade, credibilidade e sensibilidade aos direitos humanos e a outros importantes princípios, entendendo que o uso dos mass media deve ser encorajado para propagar o evangelho.

O direito à expressão deve exercer-se com deferência à verdade revelada e ao ensinamento da Igreja, e no respeito pelo direito eclesial dos outros.

Casos de Visibilidade devido á Comunicação Social

Nem sempre é bom a comunicação social estar “em cima do acontecimento”, pois em algumas vezes os jornalistas deturpam e moldam o que as pessoas dizem, mostram só o que convém e as noticias não chegam aos telespectadores como na realidade são.

Nos casos de visibilidade devido á comunicação social, decidi falar sobre a Madeleine McCann. Um caso onde correu muita tinta e, em certo ponto, ainda falta “limar algumas arestas” ao fim destes anos todos. Aqui fica um excerto de uma, das muitas, noticias que se escreveu.

Madeleine McCann (Leicester, 12 de Maio de 2003) é uma menina inglesa que desapareceu em Portugal, quando se encontrava com os seus pais, irmão e irmã de férias na Praia da Luz, no Algarve.

O desaparecimento de Madeleine McCann ocorreu na noite de quinta-feira, 3 de mail de 2007, quando foi dada como desaparecida do seu apartamento em Praia da Luz, Algarve, onde tinha sido deixada sozinha com os seus dois irmãos. Madeleine, então com três anos de idade, que estava no seu quarto na companhia dos seus dois irmãos gémeos de dois anos, foi inicialmente dada como tendo "saído" pelos seus próprios meios pela polícia, mas após investigação posterior foi sugerido o seu rapto. O seu desaparecimento tornou-se uma das notícias mais notórias quer pela rapidez com que e iniciou a divulgação das notícias quer pela longevidade e pela massiva cobertura pelos órgãos de informação. O jornal britânico The Daily Telegraph às 00:01 da madrugada do dia 4 de Maio já fazia manchete com o artigo "Three year-old feared abducted in Portugal" (Teme-se que menina de 3 anos tenha sido raptada em Portugal).

Biografia

Madeleine Beth McCann é a filha mais velha de Kate McCann, antiga médica anestesista e actual médica de clínica geral em Melton Mowbray, e Gerry McCann, cardiologista no Hospital Glenfield em Leicester. Madeleine, que tem dois irmãos gémeos, Sean e Amelie, de dois anos, vivia com a sua família em Rothley, Inglaterra.

Uma marca característica é o seu olho direito que tem um tipo de coloboma, um alastramento completo da íris (uma faixa radial que se estende da pupila até ao limite do olho).

Desaparecimento

Madeleine desapareceu do apartamento onde passava férias com a sua família, na noite de 3 de Maio. Na altura os seus pais puseram Madeleine e os seus dois irmãos gémeos na cama, e foram jantar a cerca de 50 metros de distância com amigos num restaurante perto do Ocean Club. Kate e Gerry McCann disseram à polícia que se revezavam na verificação dos filhos e que aproximadamente às 21h00 Gerry verificou que os filhos se encontravam bem. Cerca das 21h45, Kate retornou do restaurante e encontrou a cama de Madeleine vazia e uma porta e janela abertas e comunicou o incidente à polícia por volta das 22h. Funcionários e hospedeiros do resort, juntamente com as autoridades, efectuaram buscas até às 04h30 e a polícia espanhola e todos os aeroportos ibéricos foram notificados.

 Acontecimentos de 3 e 4 de Maio de 2007

Ocean Club

. 21h00 Gerry verificou os seus filhos

. 21h45 Kate verificou o desaparecimento da sua filha Kate afirma ter chamado a polícia 10 minutos depois de ter descoberto que a filha desaparecera

. Gerry afirma que foi um dos seus amigos que alertou o gerente e a polícia.

. Charlotte Pennington afirma que esteve no apartamento menos de 5 minutos depois dos pais terem descoberto que a filha tinha desaparecido.

. 23h50 O incidente foi comunicado à GNR.

. Soldados da GNR com a ajuda de cães pisteiros conduzem as buscas durante a noite.

. A PSP de Lagos auxilia a operação de buscas durante a noite.

. Agentes da Polícia Judiciária chegam 10 minutos após terem sido alertados, uma equipe de investigação começou a trabalhar 30 minutos depois.

. O porta-voz da GNR, tenente-coronel Costa Cabral, revela que as buscas prosseguiram durante toda a noite.

. A Polícia Marítima participa das buscas com lanchas salva-vidas um helicóptero e elementos a pé.

. Um helicóptero da Protecção Civil participa nas buscas.

. Vários veículos todo-o-terreno da Protecção Civil fazem buscas nas margens da barragem da Bravura

. Bombeiros participam nas buscas.

. Elementos da Cruz Vermelha fazem buscas a pé.

. Soldados e cães das patrulhas de busca e salvamento da GNR de Lisboa são enviados para participar das buscas.

Investigação

Fase inicial

A primeira declaração oficial da Polícia Judiciária (PJ), feita por Guilhermino Encarnação, às 12h00 de sábado dia 5 de Maio, revela haver suspeita de crime de rapto da criança e da existência de um "esboço" de um eventual suspeito.

A Polícia Judiciária referiu a 6 de Maio terem identificado um suspeito e que a criança deveria estar viva e ainda na área. Cães treinados farejaram o aldeamento do resort, que tem uma capacidade de cerca de mil pessoas. No entanto, a 8 de Maio, cinco dias após o desaparecimento, a Polícia Judiciária admitiu não ter certeza quanto ao estado de Madeleine.

A 7 de Maio é anunciado que a PJ pediu ajuda do SIS que entrou em contacto com as suas congéneres espanholas e inglesa.

A 9 de Maio, a Interpol lançou um alerta amarelo a todos os seus membros.

Os media portugueses revelaram que a PJ seguia duas linhas de investigação: o rapto por uma rede internacional de crimes relacionados à pedofilia ou o rapto por uma rede de adopção ilegal.

Especialistas britânicos chegaram para assistir as autoridades nacionais nas investigações e a polícia de Leicestershire enviou representantes para ajudar a família. Foi ainda noticiado que a polícia britânica informou a polícia portuguesa que cerca de 130 ingleses abusadores de menores estiveram no Algarve, semanas antes do rapto de Madeleine, com o conhecimento das autoridades inglesas. A 11 de Maio, o local de investigação foi declarado livre após a não obtenção de resultados. Depois, a 13 de Maio, a polícia admitiu pela primeira vez que não tinham qualquer suspeito em vista. A única via de investigação que estavam dispostos a revelar consistia na examinação de fotografias tiradas por turistas.

Interrogatórios relacionados tiveram início a 14 de Maio.

Críticas

Pais

Os pais têm sido criticados por deixar as suas crianças sozinhas enquanto jantavam num restaurante próximo, apesar do complexo turístico em que se hospedavam oferecer serviço de creche e um serviço de acompanhamento de crianças. Também tem havido alguma crítica aos pais na imprensa portuguesa. O Diário de Notícias afirmou peremptoriamente que o casal McCann era considerado suspeito e que, ao contrário do que afirmaram à polícia, não verificaram regularmente a situação dos filhos na noite do desaparecimento. O Daily Telegraph também reproduziu afirmações no mesmo sentido.

O casal foi questionado pela polícia a 10 de Maio sobre o motivo pelo qual Madeleine e os irmãos haviam sido deixados sozinhos num apartamento com as portas do pátio destrancadas enquanto jantavam no restaurante. Os McCann alegaram que deixaram as crianças sozinhas porque não as queriam deixar na companhia de um(a) estranho(a), apesar de as crianças terem passado a tarde na creche do Ocean Club na companhia de estranhos.

Polícia

Têm havido imensas críticas à actuação da polícia portuguesa nos media britânicos. Foi afirmado haver atrasos na obtenção de provas e evidências forenses, que nem a polícia marítima nem as autoridades alfandegárias receberam descrições de Madeleine durante muitas horas após o desaparecimento, e não foram avistados agentes a efectuar inquirições porta-a-porta.

Os críticos alegam que o local não foi devidamente selado e a ausência de pedidos de ajuda e de informação surpreendeu especialistas policiais britânicos. Em resposta, a polícia declarou não poder divulgar informação adicional devido a imperativos de carácter legal da lei portuguesa. Contrariamente ao que anunciam os críticos, agentes da PJ, junto com um funcionário do Ocean Club com um molho de chaves, revistaram todos os apartamentos do Ocean Clube, os apartamentos e jardins próximos. e os comerciantes da zona foram inquiridos por agentes.

Pinto Monteiro, Procurador-Geral da República (PGR), defende o tempo que está a demorar a fazer as investigações e comenta que "A Inglaterra, de onde ela é natural, tem 1.000 processos destes, nós temos 14 ou 15. E a percentagem de casos em que são descobertos, em países como Inglaterra, é de 20 por cento. Por isso, ninguém se pode admirar do até agora insucesso no caso Maddie",

Depois de criticarem a polícia portuguesa e pedirem a intervenção de peritos britanicos, os McCann e a opinião pública inglesa criticam a polícia portuguesa por ter constituído os McCann arguidos e ter agido com base nos resultados dos testes forenses feitos em Inglaterra e dos cães pisteiros trazidos de Inglaterra. Kate McCann explica o facto de os cães terem identificado um cheiro de cadáver nas suas roupas, por ter, antes das férias, estado em contacto com cadáveres durante o trabalho, e o ADN encontrado no carro por ter transportado no carro, entre outras coisas, as sandálias suadas de Madeleine e fraldas com fluidos corporais dos gémeos. Estas últimas explicações estão também a ser colocadas em dúvida por um especialista.

Muitos órgãos de informação e líderes de opinião portugueses criticaram os meios envolvidos na investigação comparando-os a casos semelhantes envolvendo crianças portuguesas no passado.

Foi divulgado que a polícia não pediu imagens de vigilância envolvendo viaturas a sair da Praia da Luz na altura do desaparecimento de Madeleine nem da estrada que liga Lagos a Vila Real de Santo António, junto à fronteira espanhola. No entanto a Euroscut afirmou que "As câmaras visualizam imagens da auto-estrada entre as 09:00 horas e as 18:00 horas, mas só gravam uma ou duas horas por dia". A porta voz das estradas de Portugal informou que as imagens gravadas só poderiam ser reveladas com ordem do tribunal.

Foi sugerido que o encarregado principal da investigação, o agente Guilhermino da Encarnação, terá focado demasiado a investigação num único suspeito, Robert Murat, embora a polícia admita não existirem evidências credíveis contra ele. Foram estabelecidas comparações com o desaparecimento de outra criança, Joana Cipriano, desaparecida a 12 de Setembro de 2004 da sua casa na vila de Figueira, a 10 km do local de desaparecimento de Madeleine. O agente Encarnação esteve também envolvido nessa investigação que terminou na condenação da mãe e do tio de Joana pelo seu assassínio, embora não tenha sido encontrado o corpo nem tenha havido confissão.

Reacção pública

A escala da reacção pública a este caso desencadeou comentários negativos por parte de alguns comentadores. Na sua coluna a 17 de Maio, Matthew Parris desmascarou o que considerava o aproveitamento político por parte de membros do parlamento das emoções e sentimentos despoletados pelo caso. A 19 de Maio, o jornal The Guardian descrevia a reacção pública como histeria colectiva e estabeleceu um paralelo com a resposta à campanha do News of the World contra crimes relacionados à pedofilia.

Cobertura da imprensa

Alguns sugerem que o elevado grau de cobertura dos media pode ser atribuído à raça, nacionalidade e estatuto socioeconómico de Madeleine. O editorial do The Independent de 15 de Maio descreveu a cobertura como reveladora de prioridades desfocadas da realidade e condenou as críticas às autoridades portuguesas.  Na sua coluna de 17 de Maio no jornal Público, o antigo bastonário da ordem dos advogados, José Miguel Júdice, afirmou que a enorme mobilização se deve ao facto de a menina ser "inglesa, branca e filha de doutores."  A 18 de Maio, a Inter Press Service chamou a atenção para o facto de que alguns observadores apontarem o facto de Madeleine ser proveniente de uma família abastada, ao contrário de tantas crianças portuguesas e filhos de emigrantes cujo desaparecimento despertou muito pouca atenção dos media.

Ainda a 18 de Maio, o The Scotsman comentou haver evidência de que a opinião pública, embora solidária com os pais de Madeleine, estar incomodada com o acompanhamento e especial atenção dada ao caso.

A Embaixada portuguesa protesta junto da comissão britânica reguladora de imprensa, (Press Complaints Comission), contra um artigo de Tony Parsons publicado no tablóide Daily Mirror, que insultou o embaixador português por causa de uma entrevista ao The Times sobre o caso Madeleine.

Caso encerrado

A polícia portuguesa declarou que a menina não foi encontrada nem viva, nem morta e que não vai continuar com as investigações. Os pais de Madeleine McCann declararam que vão continuar as investigações por conta própria.

Em Abril de 2009 um conjunto de investigadores, portugueses e estrangeiros, ponderaram reabrir o processo Madeleine McCann, por haver várias provas que indicavam que a menina teria morrido de forma acidental, ao bater com a cabeça na janela, quando estava a ver o pai que falava com um amigo na rua.

Reflexão

Tradicionalmente, as reflexões sobre os meios de comunicação centralizam-se na capacidade das instituições mediáticas e das tecnologias de comunicação de desempenhar um papel na democratização das sociedades, na criação de uma esfera pública mediante a qual as pessoas possam participar de assuntos cívicos, no destaque da identidade nacional e cultural, na promoção da expressão e do diálogo criativo. Por isso, os debates sobre as diferentes formas de censura e a propriedade dos meios de comunicação sempre formaram parte das agendas de trabalho. O sentido das perguntas propostos pelas lógicas do mercado assim como do Estado é mais de como constituir uma via para a publicidade, gerar benefícios financeiros para os accionistas e servir de instrumentos de propaganda e controlo social e político.

Em quase todos os contextos nacionais, considera-se necessária certa forma de intervenção - ou regulamentação - governamental que permita aos meios de comunicação desempenhar um ou outro dos papéis antes mencionados. Tanto a produção e a distribuição dos meios requeiram um grau maior de organização e de recursos do que os fornecidos por artistas ou criadores individuais de grupos relativamente pequenos - isto é, os meios de comunicação se industrializem - normalmente, o Estado assume certa forma de organização estrutural, seja directamente ou por meio de uma autoridade à distância.

Isso pode ser feito de várias maneiras. No modelo de mercado livre, o Estado cria ambiente em que as empresas dos meios de comunicação gozam de plena liberdade para operar comercialmente; o acesso ao mercado, em alguns sectores como a radiodifusão, segue controlado fundamentalmente mediante concessão de frequências de transmissão, enquanto a área da imprensa escrita fica aberta a qualquer pessoa que disponha dos recursos para ter e operar um meio de comunicação. No modelo autoritário, os meios de comunicação são considerados uma extensão da autoridade estatal. O modelo de serviço público enfatiza a criação de serviços de rádio e televisão ao serviço público, o financiamento de meios de comunicação não-lucrativos, baseados na comunidade, e várias restrições sobre propriedade de meios de comunicação comercial (limitando a quantidade de pontos de distribuição para controle de uma empresa particular ou proibindo que os proprietários sejam estrangeiros). Na verdade, em muitas sociedades, se não na maioria, os meios de comunicação funcionam segundo um modelo misto baseado numa combinação de dois ou mais dos mencionados. Na maioria dos casos, existe uma instância que dita e controla as regras de funcionamento nacional.

A relação entre os meios de comunicação e a sociedade da informação propõe efectivamente um desafio aparentemente paradoxo. Por um lado, os meios de comunicação de massa (imprensa, rádio, televisão) vivem um processo de concentração da propriedade e integração horizontal e vertical de som, áudio e imagem, graças ao advento do suporte numérico. Por outro lado, a Internet e o suporte digital em geral individualizam e democratizam o acesso à comunicação e à interacção, permitindo o desenvolvimento inédito de novos meios alternativos ou cooperativos que, ao mesmo tempo, afectam os meios de comunicação em massa tradicionais.

A relação entre os meios de “comunicação” e a sociedade da “informação” surge assim sob a forma de uma dissociação contraditória de difícil explicação sem considerar a definição do projecto da sociedade da informação, o contexto no qual se evolvem os que constroem a sociedade da informação e os desafios propostos pelos avanços tecnológicos.

A manipulação esta presente nos media, e é tão criticada nos mesmos, devido ao facto de terem um poder tão influente na população, sendo até considerados, por alguns, o quarto poder, depois do executivo, legislativo e administrativo, mas sabemos que a manipulação não está presente apenas nos media.

Concluí então, que seria necessária uma completa reestruturação social, para que os meios de comunicação de massa deixassem de ser manipuladores.

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