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Físico-Química - 11º ano Factores que afectam o pH de uma água
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Ricardo Oliveira Escola do 2º e 3º Ciclos c. Sec. Dr. José Casimiro Matias – Almeida Data de Publicação: 11/09/2007 8 Comentar este trabalho / Ler Outros Comentários 7 N.º de páginas visitadas neste site (desde 15/10/2006): SE TENS TRABALHOS COM BOAS CLASSIFICAÇÕES ENVIA-NOS (DE PREFERÊNCIA EM WORD) PARA notapositiva@sapo.pt POIS SÓ ASSIM O NOSSO SITE PODERÁ CRESCER. |
Factores que afectam o pH de uma Água
Fundamentação Teórica
A composição química da água natural é obtida a partir de uma fonte enorme de solutos onde se incluem os gases e aerossóis da atmosfera, os produtos do arrastamento e da erosão de rochas e de solos, das dissoluções e das reacções de precipitação que ocorrem abaixo da superfície terrestre, assim como os produtos resultantes da intervenção humana. A classificação de águas e de outras soluções aquosas em ácidas, neutras ou alcalinas requer processos de avaliação qualitativa e quantitativa com recurso a medidores de pH, sensores ou indicadores.
Como se avalia o pH de uma solução aquosa? Na chamada escala de Sorensen o pH de uma solução que varia entre 0 e 14 permite classificá-la como: ● ácida se o pH < 7 ● básica ou alcalina se o pH > 7 ● neutra se pH = 7 quando a análise é realizada a temperatura de 25ºC. O pH é um dos parâmetros mais importantes para caracterizar águas. A medição do pH deve ser feita no local de origem, mas, se tal não for possível, o recipiente de recolha deve ficar completamente cheio, sem quaisquer bolhas de ar, e ser rolhado imediatamente. Impedem-se assim alterações do pH provocadas por trocas gasosas com a atmosfera. Para avaliar a acidez, basicidade ou neutralidade de uma solução utilizam-se várias técnicas laboratoriais. Os indicadores de ácido-base são soluções de substâncias que mudam de cor conforme a acidez/basicidade do meio. A mudança de cor não é abrupta. Existe um intervalo de pH (normalmente 2 unidades) para a qual a cor é mal definida que se chama zona de viragem. Este embora seja um processo simples e barato para avaliar a acidez ou basicidade de uma solução, fornece apenas uma indicação qualitativa (fig.2)
Fig.2- Indicadores de ácido-base: a) líquido; b) em papel.
O “papel indicador “de ácido – base é papel impregnado com uma mistura de indicadores de tal forma que as cores que adquire permitem estabelecer uma escala corada. Essa escala depende do pH da solução. É assim possível efectuar medições semi-quantitativas. Este é um processo cómodo e inicialmente barato mas acaba por se tornar caro se a sua utilização for continuada pois o papel fica inutilizado após cada uso. Os indicadores ácido-base apresentam uma cor em solução que depende do pH da mesma. Cada indicador apresenta uma zona de viragem, com uma cor correspondente à mistura das duas cores ácida e alcalina. As tabelas seguintes apresentam alguns indicadores e suas características:
Para trabalhos mais rigorosos é necessário medir quantitativamente o pH de uma solução. Para isso utilizam-se aparelhos próprios: medidor de pH ou sensores. Estes medidores são aparelhos frágeis e dispendiosos.
Fig.3- Sensor de pH.
Muitas águas minerais contêm dióxido de carbono, quer de origem natural, quer adicionado. Contêm, também, hidrogenocarbonatos e outros sais que conferem às àguas propriedades favoráveis para a saúde ou para fins terapêuticos. Numa água gaseificada ou não ocorrem os seguintes equilíbrios: CO2(g)↔CO2(aq) ; CO2(aq)+H2O(l)↔H3O+(aq)+HCO3¯(aq) Quando se abre a garrafa, o dióxido de carbono começa a libertar-se em pequenas bolhas . A sobre saturação de CO2 nas águas naturais pode dever-se a processos de decomposição de matéria orgânica: 2CH2O→CH4+CO2 ou à decomposição do carbonato de cálcio, provocada por aquecimento geotérmico: CaCO3(s)→CaO(s)+CO2(g) Ambos os processos proporcionam a dissolução de CO2 a pressões elevadas. As águas com gás podem ser classificadas da seguinte maneira:
O CO2 presente na água e dissolvido nesta e reage com a água, de acordo com: CO2(aq)+H2O(l)↔H2CO3(aq) O ácido carbónico, H2CO3 , cede um dos seus protões a moléculas de água, aumentando a acidez: H2CO3(aq)+ H2O(l) ↔ HCO3¯(aq)+H3O+(aq) A dissolução do CO2 contribui assim para aumentar a concentração de H3O+ em solução, e assim esta torna-se superior à concentração de OH¯, o que corresponde a uma solução ácida. A água pode também ser alcalinizada artificialmente por adição de bases pois libertam iões OH¯ fazendo aumentar a concentração de OH¯ nas soluções.
O pH varia com a temperatura? O pH depende da temperatura. Por isso, quando medimos o pH, devemos registar, pois só podemos comparar valores de pH medidos à mesma temperatura. Alguns medidores de pH fazem uma compensação automática de temperatura. De acordo com o princípio de Le Châtelier, quando se alteram as condições da reacção que se encontra em equilíbrio, esta irá evoluir no sentido de contrariar essas alterações. Assim quando se eleva a temperatura da água , o equilíbrio 2H2O(l)↔H3O+(aq)+HO¯(aq), evoluirá de forma a diminuir a temperatura (absorvendo a energia do meio exterior). Como a constante de ionização da água (Kw)= [H3O+ ] [HO¯ ], e aumentou, então pode concluir-se que as concentrações [H3O+ ] e [HO¯ ] também aumentaram. Isto significa que a reacção é endométrica e o pH da água diminui com a temperatura. Se : [H3O+ ] > [HO¯ ], a solução é ácida [H3O+ ] < [HO¯ ], a solução é neutra [H3O+ ] = [HO¯ ], a solução é neutra
Material e Reagentes
Material de laboratório:
Reagentes e outros materiais: - Indicadores em solução: Vermelho de metilo, Vermelho de fenol e fenolftaleina - Água da rede - Água natural gasocarbónica (Água das Pedras) – 1 garrafa - NaHO liquido.
Segurança: O NaHO, tem como símbolo de perigo C, o eu quer dizer que é corrosivo (em concentrações mais elevadas é inflamável). Tem como frases de risco R34 e como frases de segurança S 26-37/39-45, pelo que pode provocar queimaduras, por isso devemos usar luvas, e equipamento protector para os olhos/face adequados, e em contacto com os olhos, lavar imediatamente e abundantemente com água e consultar um especialista. Alem disso cada aluno deve tomar os procedimentos adequados à salvaguarda da saúde e segurança de si próprio e dos seus colegas, e que basicamente são: 1. Não entrar no laboratório sem autorização de um docente. 2.Efectuar o trabalho experimental como foi indicado. Não fazer nada que não seja parte de um procedimento experimental previamente aprovado pelo docente responsável. 3. Preparar-se convenientemente para executar a experiência. Ler e compreender o protocolo experimental antes de o executar. Seguir as instruções do docente responsável. Antes de iniciar uma experiência certificar-se de que se está a par de todos os potenciais perigos dos reagentes, produtos e técnicas usadas. Certificar-se de que se percebeu o que se vai fazer. 4.Nunca trabalhar sem a supervisão de um docente. 5. Usar o equipamento de segurança apropriado. O uso de bata é obrigatório. Se necessário e de acordo com as instruções do docente responsável, deve ser usado outro equipamento de segurança (neste caso luvas). 6. Saber a localização do equipamento de segurança (chuveiros de segurança, extintores, caixas de areia, mantas anti-fogo, etc.). 7. Saber o que fazer em caso de emergência. O toque de alarme é considerado o aviso de uma situação de emergência. 8. Actuar sempre de um modo responsável no laboratório. 9. O corpo deve estar o mais protegido possível devendo evitar-se roupas largas, sandálias ou tecidos altamente inflamáveis. Nunca deixar que substâncias químicas contactem com a pele. 10. Nunca provar qualquer composto químico. O olfacto só deve ser usado se for indicado pelo docente. 11. Desligar as fontes de calor (por exemplo: chamas, placas eléctricas, mantas de aquecimento) quando terminado o seu uso e nunca as abandonar quando em uso. 12. Ler os rótulos com cuidado. A leitura do rótulo deve ser feita 3 vezes: antes, durante e quando acaba a experiência. Da mistura de substâncias químicas podem resultar enganos com consequências imprevisíveis. 13. É proibido fumar, comer ou beber no laboratório. 14. Comunicar todos os incidentes ao docente responsável, mesmo os mais pequenos e aparentemente inofensivos. 15. Tratar os produtos químicos convenientemente. Nada vai para o esgoto (excepto se, e quando, o docente responsável fornecer indicação em contrário). 16. Nunca colocar os reagentes não utilizados (sobras) no recipiente original, excepto se o docente responsável fornecer indicação em contrário. Retirar apenas o necessário para um recipiente devidamente rotulado e não contaminar o restante. Em caso de dúvida consultar o docente responsável. 17. Limpar todos os desperdícios imediatamente. As garrafas e frascos de reagentes devem sempre ser limpos, caso o seu conteúdo tenha escorrido pelas paredes. Isto inclui a água. 18. Manter o local de trabalho limpo e arrumado. 19. Nunca levar nada de um laboratório sem o conhecimento e o acordo do docente responsável. 20. Andar e não correr, por mais pressa que se tenha. Correr nos corredores ou nos laboratórios representa um risco para o próprio e para as outras pessoas que podem transportar consigo materiais perigosos. 21. Ter sempre cuidado ao abrir e fechar portas, ao entrar ou sair dos laboratórios. 22. No final de um trabalho experimental: • Arrumar os reagentes: os reagentes e solventes devem ser arrumados nas prateleiras e armários correspondentes logo após o seu uso, com os rótulos virados para a frente; • Todos os reagentes e produtos sintetizados deverão estar rotulados • Desligar o equipamento usado . • Limpar a bancada, arrumar o material lavado e lavar as mãos (é preferível efectuar as limpezas e arrumações após cada etapa de um trabalho. O material que conteve reagentes perigosos deve ser enxaguado antes de ser posto de parte para a limpeza final). 23. Quaisquer problemas médicos, alergias conhecidas ou medicação que possam pôr em risco a integridade física do aluno ou dos seus colegas devem ser comunicados ao docente responsável, que actuará em conformidade.
Procedimento
Iª Parte 1. Encher 3 balões volumétricos com água da torneira. 2. Adicionar 5 gotas de um indicador diferente em cada balão e numerá-los e identificá- los.
Indicadores: 1- Vermelho de Metilo 2- Fenolftaleina 3- Tornesol 3- Mexer com varetas. 4- Registar as cores observadas. 5- Adicionar aos mesmos balões volumétricos anteriores, NaHO 0,1 mol dm¯³ , com a ajuda de uma pipeta 2ml medidos primeiro numa proveta aos mesmos balões volumétricos anteriores.
Indicadores: 1- Vermelho de Metilo 2- Fenolftaleina 3- Tornesol 6- Mexer com as varetas e registar a alteração de cor. 7- Colocar ainda nos mesmos balões um pedaço de gelo seco e voltar a mexer.
Indicadores: 1- Vermelho de Metilo 2- Fenolftaleina 3- Tornesol 8- Registar as alterações de cor observadas. 9- Encher um novo balão volumétrico com água da torneira, e adicionar 5 gotas de indicador Vermelho de Fenol. Repetir para este balão as actividades do ponto 3 ao ponto 7.
Indicadores: 1- Vermelho de Metilo 2- Fenolftaleina 4- Vermelho de Fenol 10- Registar as alterações de cor.
IIª Parte (Estudo do Equilíbrio CO2(aq)+H2O(l)↔H3O+(aq)+HCO3¯(aq))
Utilizando uma garrafa de água mineral gaseificada (Água das Pedras), que previamente tinha sido colocada no frigorifico:
1- Avaliar a temperatura e registar. 2- Encher um balão volumétrico até 100ml. 3- Deitar 3 gotas de indicador vermelho de metilo. 4- Agitar e registar a cor.
5- Tapar com uma rolha. 6- Agitar, abrir e libertar o CO2 . Repetir até se libertar todo o gás. 7- Registar a cor. 8- Encher o gobelé até aos 200ml de água da torneira. Colocar o balão volumétrico com a preparação anterior dentro do gobelé. 9- Aquecer (em banho maria) a preparação feita no ponto anterior numa fonte de aquecimento durante 6 minutos.
10- Registar a alteração de cor observada.
Observações Efectuadas, Registo dos dados e Resultados
Informação:
Iª Parte
IIª Parte Da observação da imagem do rótulo da água utilizada pode-se observar que é uma água natural gasocarbónica, logo é uma água gasosa com um teor de CO2 superior a 250mgL¯¹, e com um pH =6,1.
1- Temperatura da água – 10ºC
Esquema de Montagem
Conclusões
Através da realização desta experiência podemos concluir que factores como a temperatura, a adição de dióxido de carbono, ou de hidróxido de sódio podem alterar o valor do pH da água. A temperatura altera o valor do pH mas não o seu carácter ácido ou alcalino.
Crítica e Discussão dos Resultados
(Erros e sua importância relativa, identificação das partes do procedimento que conduziram a erros e aquelas que ajudaram a minimizá-los)
I Parte
- No balão volumétrico nº 1: Este balão continha água da torneira e ao ser adicionado o indicador ácido base “vermelho de metilo”( o qual apresenta uma cor vermelha para os ácidos e amarela para as bases, e com uma zona de viragem do pH entre 4,2 a 6,3), observou-se uma cor amarela. Esta cor permitiu identificar a solução com um pH> 4,2. Ao ser adicionado NaHO observou-se uma mudança de cor para um amarelo mais claro. O que significa que o valor do pH se alterou para mais alcalino, devido à libertação de iões HO¯ na solução, fazendo aumentar a sua concentração, e com um pH> 6,3. Ao ser adicionado gelo seco (CO2 (s)) à solução verifica-se a mudança de cor para um amarelo mais escuro. Esta alteração foi devida a uma nova alteração do valor do pH, devido ao aumento de concentração de H3O+, na solução, logo uma solução com um pH <6,3.
- No balão volumétrico nº 2: Este balão continha água da torneira e ao ser adicionado o indicador ácido base “fenolftaleina”( o qual apresenta uma cor incolor para os ácidos e algumas bases mais fracas e carmim para as bases com pH superior a 8,3. Este indicador apresenta uma zona de viragem do pH entre 8,3 a10), observou-se uma cor incolor. Esta cor não nos permitiu identificar a solução como ácida ou alcalina devido à zona de viragem deste indicador só se iniciar a partir de um valor de pH de 8,3.Se a solução tiver um pH de 8 já é alcalina mas no entanto com este indicador a cor mantém-se incolor porque só vira a partir de 8,3. Por isso o valor do pH situa-se num valor inferior a 8,3. Ao ser adicionado NaHO observou-se uma mudança de cor para um carmim. O que significa que o valor do pH se alterou para mais alcalino, devido à libertação de iões HO¯ na solução, fazendo aumentar a sua concentração. Agora já podemos identificar esta solução como alcalina, pois com esta cor tem de ter um pH>8,3. Ao ser adicionado gelo seco (CO2(s)) à solução verifica-se a mudança de cor para um cor de rosa . Esta alteração foi devida a uma nova alteração do valor do pH, devido ao aumento de concentração de H3O+, na solução, e logo menos alcalina do que quando se adicionou NaHO. E provavelmente com um pH<10.
- No balão volumétrico nº 3: Este balão continha água da torneira e ao ser adicionado o indicador ácido base “Tornesol”( o qual apresenta uma cor vermelha para os ácidos e azul para as bases, e com uma zona de viragem do pH entre 5,0 e o 8,0), observou-se uma cor lilás. Esta cor permitiu identificar a solução com um valor de pH entre 5,0 e 8,0. Ao ser adicionado NaHO observou-se uma mudança de cor para azul. O que significa que o valor do pH se alterou para mais alcalino, devido à libertação de iões HO¯ na solução, fazendo aumentar a sua concentração, e com um pH >8. Ao ser adicionado gelo seco (CO2 (s)) à solução verifica-se a mudança de cor para lilás. Esta alteração foi devida a uma nova alteração do valor do pH(<8) devido ao aumento de concentração de H3O+, na solução, e logo menos alcalina do que quando foi adicionado NaHO.
- No balão volumétrico nº 4: Este balão continha água da torneira e ao ser adicionado o indicador ácido base “Vermelho de fenol ”( o qual apresenta uma cor amarela para os ácidos e vermelha para as bases, e com uma zona de viragem do pH entre 6,4 e o 8,2), observou-se uma cor rosada. Esta cor permitiu identificar a solução com um pH entre 6,4 e o 8,2. Ao ser adicionado NaHO observou-se uma mudança de cor para laranja forte. O que significa que o valor do pH se alterou para mais alcalino, devido à libertação de iões HO¯ na solução, fazendo aumentar a sua concentração. E provavelmente com um valor de pH>6,4. Ao ser adicionado gelo seco (CO2 (s)) à solução verifica-se a mudança de cor novamente para rosado. Esta alteração foi devida a uma nova alteração do valor do pH, devido ao aumento de concentração de H3O+, na solução, e logo menos alcalina do que quando se adicionou NaHO. E provavelmente com um pH= 6,4-8,2.
II Parte
Da observação da imagem do rótulo da água utilizada pode-se observar que é uma água natural gasocarbónica, logo é uma água gasosa com um teor de CO2 superior a 250mgL¯¹, e com um pH =6,1. Quando se colocou a “Água das Pedras” no balão volumétrico e ao ser adicionado o indicador ácido base “Vermelho de metilo ”( o qual apresenta uma cor vermelho para os ácidos e amarela para as bases, e com uma zona de viragem do pH entre 4,2 e o 6,3), observou-se uma cor amarela. Esta cor permitiu identificar a solução com um pH superior a 4,2. O que corresponde ao valor do pH encontrado no rótulo de 6,1. Após a libertação do dióxido de carbono a cor manteve-se amarela o que significa um pH >4,2 . Sabemos que numa água gaseificada ou não ocorrem os seguintes equilíbrios: CO2(g)↔CO2(aq) ; CO2(aq)+H2O(l)↔H3O+(aq)+HCO3¯(aq) Quando se abre a garrafa, o dióxido de carbono começa a libertar-se em pequenas bolhas. A libertação do CO2 contribui assim para diminuir a concentração de H3O+ em solução, e assim esta torna-se inferior à concentração de OH¯, o que corresponde a uma solução mais alcalina. A solução ao ser aquecida verifica-se a mudança de cor para laranja claro. Esta alteração foi devida a uma nova alteração do valor do pH. De acordo com o princípio de Le Châtelier, quando se alteram as condições da reacção que se encontra em equilíbrio, esta irá evoluir no sentido de contrariar essas alterações. Assim quando se eleva a temperatura da água , o equilíbrio 2H2O(l)↔H3O+(aq)+HO¯(aq), evoluirá de forma a diminuir a temperatura (absorvendo a energia do meio exterior). Como a constante de ionização da água (Kw)= [H3O+ ] [HO¯ ], e aumentou, então pode concluir-se que as concentrações [H3O+ ] e [HO¯ ] também aumentaram. Isto significa que a reacção é endométrica e o pH da água diminui com a temperatura. A solução terá agora um pH <6,3.
Respostas às questões problema / _
Questão – problema: 1- “Como interfere o dióxido de carbono no pH de uma água?” 2-“Será que o valor da temperatura também tem influência no valor de pH?”
Através da realização desta experiência podemos responder ás questões em cima elaboradas:
1- “Como interfere o dióxido de carbono no pH de uma água?” R: Muitas águas minerais contêm dióxido de carbono, ou então pode ser adicionado (pode ser em forma de gelo seco). Numa água gaseificada ou não ocorrem os seguintes equilíbrios: CO2(g)↔CO2(aq) ; CO2(aq)+H2O(l)↔H3O+(aq)+HCO3¯(aq) Quando se abre a garrafa, o dióxido de carbono começa a libertar-se em pequenas bolhas . A sobre saturação de CO2 nas águas naturais pode dever-se a processos de decomposição de matéria orgânica: 2CH2O→CH4+CO2 ou à decomposição do carbonato de cálcio, provocada por aquecimento geotérmico: CaCO3(s)→CaO(s)+CO2(g) Ambos os processos proporcionam a dissolução de CO2 a pressões elevadas. O CO2 presente na água e dissolvido nesta e reage com a água, de acordo com: CO2(aq)+H2O(l)↔H2CO3(aq) O ácido carbónico, H2CO3 , cede um dos seus protões a moléculas de água, aumentando a acidez: H2CO3(aq)+ H2O(l) ↔ HCO3¯(aq)+H3O+(aq) A dissolução do CO2 contribui assim para aumentar a concentração de H3O+ em solução, e assim esta torna-se superior à concentração de OH¯, o que corresponde a uma solução ácida.
2-“Será que o valor da temperatura também tem influência no valor de pH?” R: O pH depende da temperatura. Por isso, quando medimos o pH, devemos registar, pois só podemos comparar valores de pH medidos à mesma temperatura. De acordo com o princípio de Le Châtelier, quando se alteram as condições da reacção que se encontra em equilíbrio, esta irá evoluir no sentido de contrariar essas alterações. Assim quando se eleva a temperatura da água , o equilíbrio 2H2O(l)↔H3O+(aq)+HO¯(aq), evoluirá de forma a diminuir a temperatura (absorvendo a energia do meio exterior). Como a constante de ionização da água (Kw)= [H3O+ ] [HO¯ ], e aumentou, então pode concluir-se que as concentrações [H3O+ ] e [HO¯ ] também aumentaram. Isto significa que a reacção é endométrica e o pH da água diminui com a temperatura. Se : [H3O+ ] > [HO¯ ], a solução é ácida [H3O+ ] < [HO¯ ], a solução é neutra [H3O+ ] = [HO¯ ], a solução é neutra
Bibliografia
-SIMÕES, Teresa Sobrinho;QUEIRÓS, Maria Alexandra;SIMÕES,Maria Otilde. “Quimica em contexto- livro de texto- 11º ou 12º (ano2)”.Porto editora. Porto.2005. Pag.76-96. ISBN 972-0-42216-5. - SIMÕES, Teresa Sobrinho;QUEIRÓS, Maria Alexandra;SIMÕES,Maria Otilde. “Quimica em contexto- livro de actividades- 11º ou 12º (ano2)”.Porto editora. Porto.2005. Pag.95-96. ISBN 972-0-42216-5. - PAIVA,João;FERREIRA, António José; VENTURA, Graça; Fiolhais, Manuel; FIOLHAIS, Carlos. “11 Q- Física e Química A - Química 11º Ano”. Texto editores. Lisboa. 2005. Pag. 127-181,183.ISBN 972-47-2548-0. - www.bvda.com/EN/prdctinf/pt_r_s.html
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